Tudo posso naquele que me fortalece. (Filipenses 4:13)

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Líder do governo critica PEC que impulsiona salários de juízes e promotores: 'Quebra o país'

Proposta está em análise no Senado e pode ser votada na próxima semana. José Guimarães, líder na Câmara, diz que impacto fiscal da medida prejudica União e estados. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), criticou nesta sexta-feira (19) a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede aumento salarial de 5% a cada cinco anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público. Segundo o deputado, caso seja aprovada, a chamada PEC do Quinquênio "quebra o país" em razão do impacto fiscal. A proposta turbina o salário de juízes e promotores até o limite de 35% da remuneração do servidor. O valor não seria contabilizado dentro do teto do funcionalismo público (atualmente em R$ 44 mil). "Se essa PEC prosseguir ela vai quebrar o país. Quebra o país e quebra os estados. Não tem o menor fundamento, na minha opinião. O presidente [Lula] não falou isso. É opinião minha como líder da Câmara. Essa PEC não pode, ela quebra fiscalmente o país", disse Guimarães. O líder adiantou que encaminhará voto contra a PEC caso a proposta passa pelo Senado. Impacto bilionário Chamada no Congresso de PEC do Quinquênio, a proposta resgata um benefício extinto em 2006 e que foi retomado para o Judiciário em 2022, por decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). O Planalto atua contra a proposta por receio de um efeito cascata e pressão sobre o Orçamento público em todas os níveis ? federal, estadual e municipal. Durante a votação na CCJ do Senado, o líder do governo Jaques Wagner (PT-BA) afirmou que o impacto fiscal da proposta seria de cerca de R$ 42 bilhões por ano. Já o líder no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (AP), fez referência a estudos que apontam que o benefício pode levar a um impacto de cerca de R$ 6 bilhões. A projeção, porém, pode sofrer mudanças com o número de carreiras beneficiadas pelo texto.

Petz e Cobasi vão criar maior rede de varejo pet do país, ação salta mais de 40%


Novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. Petz/Divulgação As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para criarem a maior companhia no setor do país. O anúncio causava uma disparada nas ações da Petz, que às 13h48 saltavam 42%, a 4,96 reais, diante do preço acertado inicialmente para a união das empresas, de R$ 7,10 por ação da companhia, mais que o dobro do fechamento da véspera. As duas empresas lideram o setor e o grupo combinado deve produzir uma receita este ano de mais de R$ 7,5 bilhões, afirmou o presidente-executivo da Petz, Sergio Zimerman, em conferência com analistas e investidores após o anúncio. Analistas do JPMorgan liderados por Joseph Giordano afirmaram que o negócio "tem alto potencial de sinergia mesmo no contexto de riscos de execução e outros desafios vistos em outras fusões no setor", acrescentando que a companhia combinada deverá ter uma participação de mercado de entre 15% e 20%. O outro grande grupo no setor é a Petlove, que tem uma grande atuação no mercado online nacional e chegou a ser citada na imprensa no mês passado de que estaria em negociações com a Petz, além dos próprios marketplaces digitais como Mercado Livre. Questionado sobre as potenciais sinergias a serem obtidas com a integração com a Cobasi ? a empresa que criou o conceito de megalojas de produtos para animais de estimação no país na década de 1980 ? Zimerman afirmou que elas serão dimensionadas nos próximos dias durante as discussões exclusivas entre as duas empresas, que devem durar até 90 dias. Mas ele afirmou que "tem muito mato alto para ser cortado". O executivo se referiu principalmente a ganhos de logística e com abertura de lojas. "É uma guerra que sangra ambas as companhias", afirmou o executivo sobre a situação anterior à combinação e citando que o preço de R$ 7,10 "tem zero efeito de sinergia". O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi. O mercado pet nacional envolve mais de 139 milhões de animais de estimação, sendo o segundo maior do mundo, afirmou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, em nota. Segundo Cruz, a cada 100 famílias, 44 possuem um animal de estimação, enquanto apenas 36 têm crianças em casa. "Os setores relacionados aos animais de estimação são uma tendência significativa a longo prazo. Enquanto muitos discutem o envelhecimento da população como um fator impulsionador do setor da saúde, o setor pet também se destaca, pois as pessoas percebem que criar um filho se tornou mais dispendioso e optam por ter animais de estimação", afirmou Cruz. Cade A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento. Zimerman não deu detalhes sobre como será feito esse pagamento, embora dividendos possam ser uma das opções. Ao final da transação, Zimerman terá entre cerca de 15% e 25% da companhia combinada. Um acordo de acionistas entre o executivo e, do lado da Cobasi, família Nassar e o fundo Kinea será estabelecido com Zimerman na presidência do conselho de administração da nova empresa e Paulo Nassar sendo presidente-executivo. O conselho de administração da nova companhia terá nove membros com quatro sendo indicados por Zimerman e o restante por Nassar e Kinea. A nova empresa seguirá as regras do segmento de alta governança da B3, Novo Mercado. Questionado sobre o futuro das marcas do grupo, Zimerman afirmou que as empresas deverão manter as atuais, seguindo um modelo semelhante ao da fusão das redes de farmácias Raia e Drogasil em 2018, que deu origem ao grupo RD Saúde. O executivo afirmou ainda que não espera grandes problemas por conta da análise do negócio que deverá ser feita pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Falando sobre eventuais aplicações de restrições pelo órgão de defesa da concorrência, Zimerman, disse que isso pode ocorrer eventualmente "em alguma cidade específica em que possa ter uma concentração, mas nada que deveria preocupar os rumos do negócio". "O nível de concentração é baixo o suficiente para que tenhamos tranquilidade para falar isso", acrescentou. Mercado pet é um dos negócios mais procurados no país

Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres

No Brasil, rendimento médio mensal subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres O grupo dos 1% mais ricos do Brasil tem um rendimento médio mensal 39,2 vezes maior que os 40% com os menores rendimentos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O rendimento médio mensal real domiciliar per capita ? ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam ? do 1% mais rico foi de R$ 20.664 em 2023, um aumento de 13,2% em relação ao valor observado em 2022 (R$ 18.257). Já o rendimento médio mensal dos 40% mais pobres foi de, em média, R$ 527 no ano passado. O valor representa uma alta de 12,6% em relação ao número registrado em 2022 (R$ 468). LEIA TAMBÉM Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE Expandindo um pouco o grupo de rendimentos mais altos e olhando para os 10% da população com os maiores rendimentos, o rendimento médio mensal foi de R$ 7.580 em 2023, uma alta de 12,4%. Esse valor é 14,4 vezes maior que os 40% mais pobres. A renda média dos mais ricos, portanto, cresceu mais em um ano do que a dos 40% mais pobres. O crescimento da renda dos mais ricos também foi maior que a média nacional: o rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848, maior valor da série histórica da pesquisa. Porém, olhando especificamente para o recorte dos 20% mais pobres, o rendimento médio dessa parte da população teve um crescimento maior que as pessoas com maiores rendas. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 20% mais pobres: R$ 450, uma alta de 13,4% em relação aos R$ 397 de 2022; Entre 5% e 10% mais pobres: R$ 294, uma alta de 16,7% em relação aos R$ 252 de 2022; Entre os 5% mais pobres: R$ 126, uma alta de 38,5% em relação aos R$ 91 de 2022. Enquanto isso, o rendimento médio foi de: Entre 30% e 40% mais pobres: R$ 815, uma alta de 11% em relação aos R$ 734 de 2022; Entre 20% e 30% mais pobres: R$ 634, uma alta de 11% em relação aos R$ 571 de 2022. Já entre os mais ricos, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2023 foi de: Entre 10% e 5% mais ricos: R$ 4.547, uma alta de 11,6% em relação aos R$ 397 de 2022; Entre 5% e 2% mais ricos: R$ 8.100, uma alta de 12,6% em relação aos R$ 252 de 2022; Entre o 1% mais rico: R$ 20.664, uma alta de 13,2% em relação aos R$ 91 de 2022. Apesar da disparidade na concentração de renda, o rendimento per capita dos 40% da população com menores rendimentos no país atingiu, em 2023, o maior valor da série histórica, segundo o IBGE. O Instituto atribui essa melhora ao recebimento, pelas famílias de baixa renda, do Bolsa Família, além da melhoria do mercado de trabalho e o aumento real do salário mínimo. População com algum tipo de rendimento Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população ? cerca de 140 milhões de pessoas ? tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Desigualdade x crescimento econômico

Bolsa Família diminui a desigualdade em regiões em que está mais presente, aponta IBGE

O Nordeste é a região em que esses dados aparecem com maior evidência, com 35,5% dos domicílios atendidos. No Brasil, rendimento médio mensal subiu 11,5% em 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848. Rendimento do 1% mais rico do Brasil é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres As regiões brasileiras com a maior presença de benefícios sociais, principalmente o Bolsa Família, apresentaram as quedas mais expressivas da desigualdade social em 2023, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19). O Nordeste é a região em que esses dados aparecem com maior evidência. Em 2019, antes da pandemia de Covid-19, o grupo dos 10% mais ricos tinha um rendimento médio mensal domiciliar per capita ? ou seja, a renda média de um domicílio dividida pelas pessoas que lá habitam ? 18,8 vezes maior que os 40% mais pobres. Essa razão caiu para 14,4 em 2022 e, no ano passado, para 13,7. A queda nessa diferença entre os rendimentos dos mais ricos e dos mais pobres é inversamente proporcional ao percentual de domicílios que recebe algum tipo de programa social do governo. Em 2019, 29% dos domicílios do Nordeste recebiam Bolsa Família. Em 2022, eram 33,8% e, em 2023, 35,5%. LEIA TAMBÉM Desigualdade no Brasil: rendimento mensal do 1% mais rico é 40 vezes maior que dos 40% mais pobres A região Norte apresentou uma dinâmica semelhante nos últimos anos. Em 2019, a razão entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres era de 16,2. Essa diferença caiu para 13,5 em 2022, e para 12,8 em 2023. Já a quantidade de domicílios que recebiam Bolsa Família na região, cresceu. Eram 26,3% em 2019, depois 29,1% em 2022, e 31,7% em 2023. Essa porcentagem de domicílios com o benefício social também cresceu nas outras regiões do Brasil, mas de maneira menos acentuada. Esse crescimento aconteceu após, em março do ano passado, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva relançar o Bolsa Família, em substituição ao Auxílio Brasil, que nasceu durante a pandemia. O programa manteve seu valor mínimo de R$ 600, mas passou a incluir, também, outros benefícios a depender da composição familiar, além do incremento de R$ 150 para crianças de até 6 anos, por exemplo. Esses benefícios fizeram com que, em 2023, a renda da população beneficiada crescesse mais que a renda daqueles que não recebiam. "Em 2023, o rendimento médio domiciliar per capita dos domicílios que recebiam o Bolsa Família era inferior a 30% do rendimento médio dos domicílios não beneficiados", diz o IBGE. No entanto, "entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebiam o Bolsa Família cresceu 42,4%, enquanto entre aqueles que não recebiam o benefício a variação foi de 8,6%". Na média nacional, os domicílios que recebiam o benefício subiram de 14,3% em 2019, para 16,9% em 2022, e 19% em 2023. Já a diferença entre o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos e os 40% mais pobres caiu de 14,8 vezes em 2019 para 14,4 em 2022 e 2023. Assim como Nordeste e Norte, a região Sul também teve uma queda na diferença de rendimento entre mais ricos e mais pobres, mas menos intensa: caiu de 10,6 vezes em 2019, para 10,1 em 2022, e 9,9 em 2023. Essa é a região, porém, com o menor número de domicílios com Bolsa Família. Eram 5,1% em 2019, 6,3% em 2022, e 7,9% em 2023. Já as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram um aumento na diferença entre o rendimento dos 10% mais ricos e dos 40% mais pobres. No Sudeste, os mais ricos tinham um rendimento médio mensal domiciliar per capita 15 vezes maior que os mais pobres em 2019. A razão caiu para 13,1 em 2022, mas voltou a subir no ano passado, para 13,3. A região tinha 7,5% de domicílios beneficiários do Bolsa Família em 2019. Em 2022, eram 9,3% e, em 2023, 11,5%. No Centro-Oeste, o rendimento médio mensal domiciliar per capita dos 10% mais ricos era 13,2 vezes maior que o dos 40% mais pobres. A razão caiu para 12,2 em 2022, e voltou a subir, para 12,5, em 2023. Eram 9,1% os domicílios que recebiam o Bolsa Família em 2019. Depois, em 2022, eram 11%, e 12,8% em 2023. População com algum tipo de rendimento O crescimento da renda dos mais ricos também foi maior que a média nacional: o rendimento médio no Brasil subiu 11,5% entre 2022 e 2023, passando de R$ 1.658 para R$ 1.848, maior valor da série histórica da pesquisa. Além do rendimento médio mensal per capita, a proporção da população brasileira com algum tipo de rendimento (independentemente de ser proveniente de trabalho, benefícios sociais ou outros meios) também cresceu e atingiu seu pico em 2023. No ano passado, 64,9% da população ? cerca de 140 milhões de pessoas ? tinha algum tipo de rendimento. No ano anterior, eram 62,6%, cerca de 134,1 milhões de pessoas. Os números mostram uma recuperação da economia brasileira após a pandemia de Covid-19. Em 2021, ano que registrou o maior número de casos e mortes pela doença, 59,8% da população (127,1 milhões de pessoas) tinham algum tipo de rendimento, menor patamar já registrado pela pesquisa. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram as maiores porcentagens de população com algum tipo de rendimento. Norte e Nordeste foram as menores. Ainda assim, todas as regiões tiveram uma melhora nos números em um ano. Veja o percentual da população de cada região com algum tipo de rendimento: Sul: 68,8% da população com rendimento em 2023, contra 67% em 2022; Sudeste: 67,6% da população com rendimento em 2023, contra 64,8% em 2022; Centro-Oeste: 65,6% da população com rendimento em 2023, contra 62,6% em 2022; Nordeste: 60,8% da população com rendimento em 2023, contra 59% em 2022; Norte: 57,8% da população com rendimento em 2023, contra 55,9% em 2022. Entre os estados, o que tem a maior porcentagem de pessoas com rendimento na população residente (pessoas que habitam um mesmo domicílio) é o Rio Grande do Sul, com 70,3%, seguido por Santa Catarina, com 69,4%, e São Paulo, com 68,6%. Já os estados com a menor taxa são Acre, com 51,5%, Amazonas, com 53%, e Roraima, com 54,8%. Com o aumento na porcentagem de população com rendimento em todas as regiões, o rendimento médio mensal real (independentemente da fonte) também cresceu em 2023, em relação a 2022. Veja o rendimento mensal médio real da população residente com algum tipo de rendimento em cada região: Sul: R$ 3.149 em 2023, contra R$ 2.992 em 2022; Sudeste: R$ 3.308 em 2023, contra R$ 3.058 em 2022; Centro-Oeste: R$ 3.355 em 2023, contra R$ 3.089 em 2022; Nordeste: R$ 1.885 em 2023, contra R$ 1.788 em 2022; Norte: R$ 2.255 em 2023, contra R$ 2.052 em 2022. Apesar da alta geral de um ano para o outro, o cenário é diferente olhando para o patamar registrado em 2019, pré-pandemia. As únicas regiões que tiveram um avanço no rendimento médio em 2023 em relação a 2019 foram Centro-Oeste (R$ 3.355 contra R$ 3.145) e Norte (R$ 2.255 contra R$ 1.999). Já as outras regiões ainda não retomaram o patamar de rendimento médio mensal de antes da pandemia: Sul (R$ 3.149 em 2023 contra R$ 3.170 em 2019), Sudeste (R$ 3.308 contra R$ 3.339) e Nordeste (R$ 1.885 contra R$ 1.912). A média nacional em 2023 foi de R$ 2.846 entre a população residente com rendimento. Já os estados, o maior rendimento médio foi registrado no Distrito Federal, com R$ 4.966, e o menor, no Maranhão, com R$ 1.730. Participação do tipo de rendimento na composição da renda domiciliar A pesquisa do IBGE mostrou que a participação do rendimento proveniente de trabalho no rendimento domiciliar per capita teve uma leve queda, passando de 74,5% em 2022 para 74,2% em 2023. O percentual registrado no ano passado também é menor que o pré-pandemia, de 74,4% em 2019. No entanto, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos no Brasil teve um crescimento expressivo em 2023, registrando R$ 295,6 bilhões, contra R$ 264,6 bilhões em 2022 e R$ 271,7 bilhões em 2019. Segundo o Instituto, esse crescimento mostra uma continuidade da tendência de recuperação da massa de rendimento de todos os trabalhos depois da pandemia, quando o desemprego cresceu e, em muitos casos, salários foram reduzidos. Enquanto a participação do rendimento de trabalhos na composição da renda média domiciliar caiu, porém, o rendimento proveniente de outras fontes apresentou uma alta, com destaque para o grupo de Outros rendimentos, que incorpora programas sociais, como o Bolsa Família. Veja qual foi a participação de cada tipo de rendimento na composição do rendimento médio mensal real domiciliar per capita, por região: Sul Todos os trabalhos: 75,6% Aposentadoria e pensão: 17,6% Aluguel e arrendamento: 2,7% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,2% Sudeste Todos os trabalhos: 75,3% Aposentadoria e pensão: 17,4% Aluguel e arrendamento: 2,4% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 1,0% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,9% Centro-Oeste Todos os trabalhos: 79,3% Aposentadoria e pensão: 13,9% Aluguel e arrendamento: 2,6% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 3,3% Nordeste Todos os trabalhos: 65,7% Aposentadoria e pensão: 21,4% Aluguel e arrendamento: 1,3% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 10,8% Norte Todos os trabalhos: 76,3% Aposentadoria e pensão: 13,3% Aluguel e arrendamento: 1,1% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,8% Outros rendimentos (benefícios sociais): 8,5% Brasil Todos os trabalhos: 74,2% Aposentadoria e pensão: 17,5% Aluguel e arrendamento: 2,2% Pensão alimentícia, doação, mesada de não morador: 0,9% Outros rendimentos (benefícios sociais): 5,2% Pagamentos de abril do Bolsa Família 2024 começam nesta quarta-feira (17)

Programação IEQ

09:00 Culto da Manha
Local: Templo
Obs:
15:00 Culto da Tarde
Local: Templo
Obs:
19:30 Culto de Libertação
Local:
Obs:
09:00 Culto da Manha
Local: Templo
Obs:
15:00 Culto da Tarde
Local: Templo
Obs:
19:30 Culto da Noite
Local: Templo
Obs:
REDE DE CASAIS
Local: QUARTO ANDAR
Obs: 19H30
09:00 Culto da Manha
Local: Templo
Obs:
15:00 Culto da Tarde
Local: Templo
Obs:
19:30 Culto da Noite
Local: Templo
Obs:
17:00 Culto da Tarde
Local: Templo
Obs:
08:00 Escola Dominical
Local: Templo
Obs:
09:00 Culto da Manha
Local: Templo
Obs:
17:00 Culto da Tarde
Local: Templo
Obs:
19:00 Culto da Noite
Local: Templo
Obs: